Poço, bairro do Poço da Panela. Apresentando traços de
ecletismo mas com um ranço muito forte de neoclassicismo, está hoje pintada
neste tom de vermelho imperial. Como várias casas da região, não possui uma
porta com acesso direto à rua. A entrada dá-se por um portão lateral entre duas
colunas com leões de pedra. Possui ainda um alpendre com lambrequins cobrindo
os beirais de telha. É ainda hoje, residência. Para ver outras casas postadas
aqui, é só ir clicando nas setas que aparecem nas fotos, e verá que tem uma por
dia.
Casinha pequenina e baixinha na Estrada do Bonsucesso, sítio histórico de Olinda, que perdeu altura em relação à rua por causa dos sucessivos aterros ao longo dos séculos. Notem que ela possui beiral triplo, uma moda do século XVIII muito comum em Portugal na região do Algarve e Alentejo , conhecidos como telhados portugueses, telhado à portuguesa ou ainda telhado ibérico. Como aqui o barroco se manifestou de forma tímida ou quase nula na arquitetura civil, esses telhados pipocaram nas casas, como uma forma graciosa de escoar a água da chuva sem que ela escorresse pela fachada, substituindo os telhados do século XVII e caindo em desuso no começo do XIX. No Brasil, a expressão "sem eira nem beira" que vem de quem não tem quintal (eira) para plantar e secar cerais nem porção pequena de terra (beira), foi equivocadamente interpretada como as camadas de telha, trocando abrigo por beiral e beiral por adorno, gerando uma falsa estória que acabou caindo até em escritos acadêmicos, r
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