a casa antiga de hoje é esta bizarra
construção eclética do final dos anos 20, no melhor estilo "bolo de
noiva". Geralmente escolho residências e ex-residências antigas e
charmosas. Esta pode ter seu charme para alguns, para mim é só curiosa mesmo. O
que importa é que é mais um exemplar de moradia aristocrata no Recife, de gente
que ostentava riqueza através de construções portentosas, outras nem tanto. A
da foto, prima pelo exagero das formas em estuque, representadas na fachada.
Está localizada na Rua Joaquim Nabuco, ali no começo (ou no fim) das Graças e
hoje pertence ao igualmente aristocrata hospital Santa Joana.
Casinha pequenina e baixinha na Estrada do Bonsucesso, sítio histórico de Olinda, que perdeu altura em relação à rua por causa dos sucessivos aterros ao longo dos séculos. Notem que ela possui beiral triplo, uma moda do século XVIII muito comum em Portugal na região do Algarve e Alentejo , conhecidos como telhados portugueses, telhado à portuguesa ou ainda telhado ibérico. Como aqui o barroco se manifestou de forma tímida ou quase nula na arquitetura civil, esses telhados pipocaram nas casas, como uma forma graciosa de escoar a água da chuva sem que ela escorresse pela fachada, substituindo os telhados do século XVII e caindo em desuso no começo do XIX. No Brasil, a expressão "sem eira nem beira" que vem de quem não tem quintal (eira) para plantar e secar cerais nem porção pequena de terra (beira), foi equivocadamente interpretada como as camadas de telha, trocando abrigo por beiral e beiral por adorno, gerando uma falsa estória que acabou caindo até em escritos acadêmicos, r...
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