A casa de
hoje é este suntuoso sobrado localizado na Avenida 17 de agosto, no bairro de
Casa Forte. Construção neoclássica imperial, mostra bem o poderio econômico dos
habitantes daquela região no século XIX, que se estendeu até os dias de hoje.
Com partido em L e janelas de verga reta, possui uma curiosa platibanda vazada,
formando uma espécie de cobogó. A entrada pela rua se dá por um portão
monumental, com um arco ogival em pedra e portão e cerca em ferro fundido. Há
no jardim um banco grande todo revestido de azulejos e uma fonte. Já abrigou
uma edição da Casa cor Pernambuco.
Casinha pequenina e baixinha na Estrada do Bonsucesso, sítio histórico de Olinda, que perdeu altura em relação à rua por causa dos sucessivos aterros ao longo dos séculos. Notem que ela possui beiral triplo, uma moda do século XVIII muito comum em Portugal na região do Algarve e Alentejo , conhecidos como telhados portugueses, telhado à portuguesa ou ainda telhado ibérico. Como aqui o barroco se manifestou de forma tímida ou quase nula na arquitetura civil, esses telhados pipocaram nas casas, como uma forma graciosa de escoar a água da chuva sem que ela escorresse pela fachada, substituindo os telhados do século XVII e caindo em desuso no começo do XIX. No Brasil, a expressão "sem eira nem beira" que vem de quem não tem quintal (eira) para plantar e secar cerais nem porção pequena de terra (beira), foi equivocadamente interpretada como as camadas de telha, trocando abrigo por beiral e beiral por adorno, gerando uma falsa estória que acabou caindo até em escritos acadêmicos, r
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