Pular para o conteúdo principal

Turismo e Literatura na XIII Bienal do Livro de Pernambuco com Braulio Moura

 Na última segunda (04/10), Bráulio Moura participou da XIII Bienal do Livro de Pernambuco, onde falou sobre a relação de turismo e literatura. Com o tema "jornadas entre trajetórias, obras e territórios", falou para plateia presencial e online sobre a influência da literatura nos roteiros turísticos, apontando possibilidades de descobertas e de educação patrimonial. Obras de autores como Gilberto Freyre, Carneiro Vilela, Carlos Pena Filho e Manuel Bandeira inspiram passeios pela capital pernambucana, que conta também com o Circuito da Poesia. Além de oferecer a turistas e moradores roteiros pela vida e obra de escritores consagrados do Brasil, há ainda tours inspirados na cultura pop como a saga Harry Potter e o Pokémon Go. 

Bráulio Moura apresenta o tema Turismo Literário na Bienal do Livro de Pernambuco

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A eira e beira, uma das maiores mentiras contadas no Brasil

Casinha pequenina e baixinha na Estrada do Bonsucesso, sítio histórico de Olinda, que perdeu altura em relação à rua por causa dos sucessivos aterros ao longo dos séculos. Notem que ela possui beiral triplo, uma moda do século XVIII muito comum em Portugal na região do Algarve e Alentejo , conhecidos como telhados portugueses, telhado à portuguesa ou ainda telhado ibérico. Como aqui o barroco se manifestou de forma tímida ou quase nula na arquitetura civil, esses telhados pipocaram nas casas, como uma forma graciosa de escoar a água da chuva sem que ela escorresse pela fachada, substituindo os telhados do século XVII e caindo em desuso no começo do XIX. No Brasil, a expressão "sem eira nem beira" que vem de quem não tem quintal (eira) para plantar e secar cerais nem porção pequena de terra (beira), foi equivocadamente interpretada como as camadas de telha, trocando abrigo por beiral e beiral por adorno, gerando uma falsa estória que acabou caindo até em escritos acadêmicos, r

Óleo de baleia nas construções. Que história é essa?

Você já deve ter ouvido de alguém numa visita a qualquer cidade histórica brasileira que os prédios eram construídos com óleo de baleia e por isso duraram tanto tempo de pé e inabaláveis. Quem nunca escutou isso atire a primeira pedra (sem óleo, por favor). . Quando a gente tem contato com informações básicas de construção, arquitetura e até c onversando com o pedreiro que fez um serviço em casa, descobrimos que no cimento deve ser evitado o contato com algumas substâncias como gorduras e óleos, o que pode comprometer a sua qualidade e durabilidade. . Desde a antiguidade, lá das pirâmides, zigurates e templos, passando por nossos sobrados e mocambos, aprendemos que os principais materiais aglutinadores foram o barro, a argila, o gesso, a cal e o cimento moderno "Portland", criado em 1824, como bem cita o arquiteto Alan Dick Megi. . Mas então, que babado é esse de óleo de baleia nas paredes do Brasil colonial? . Bem, primeiro é preciso dizer que nas argamassas coloniais era

Antiga Confeitaria Glória - Local do Assassinato de João Pessoa, no Recife

 Um acontecimento nesse prédio mudou os rumos da História do Brasil. Localizado na esquina da Rua Nova com a Rua da Palma, foi palco do assassinato de João Pessoa, governador da Paraíba e vice candidato a presidência na chapa de Getúlio Vargas.  . O crime, cometido por João Dantas em plena confeitaria Glória, que funcionava no local, foi o estopim da revolução de 1930, que levou Vargas ao poder. . Antes de tudo isso acontecer, funcionava no prédio a Casa Alemã, uma magazine de luxo que vendia roupas e enxovais. O prédio foi reformado em 1910 por Heirich Moser, ele mesmo, o vitralista, que era sobrinho e depois sócio da proprietária Júlia Doerderlein, a Madame Júlia. . A loja teve a primeira vitrine de Pernambuco e causou escândalo ao expor uma cama de casal, para divulgar os jogos de cama. A sociedade achou escandaloso mostrar coisas tão íntimas.  . Com a primeira guerra mundial, alguns recifenses passaram a hostilizar alemães e atearam fogo à loja, em 1914. O comércio funcionou até 19