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Diário de Pernambuco - Recife

Diário de Pernambuco. Fundado no dia 07 de novembro de 1825, antes do Recife se tornar capital de Pernambuco, é hoje o mais antigo jornal em circulação na América Latina. Sua primeira sede foi na rua Direita, quando ainda era impresso em folha única com anúncios de imóveis, lojas, achados e perdidos, chegadas e saídas de navios e anúncios de escravos fugitivos. No ano de 1903 mudou-se para seu mais famoso endereço, a Praça da Independência, que ficou conhecida como Pracinha d o Diário, ocupando imponente edifício com relógio de carrilhão. Ali permaneceu até o ano de 2004, quando transferiu-se para o novo e moderno parque gráfico na rua do Veiga, no vizinho bairro de Santo Amaro. O prédio continua sem uso e chegou a ser publicada notícia de que teria sido doado para futuras instalações do Arquivo Público Estadual, mas até agora nenhuma definição foi acertada para o belo prédio situado no coração do centro e no quartel general do frevo.

Primeiro Observatório Astronômico das Américas - Recife

A esquina da rua Primeiro de Março com a rua do Imperador já esteve às margens do Capibaribe e bem aí no lugar deste prédio azul em estilo eclético, havia um sobrado português com grande quintal denominado Terreiro dos Coqueiros. A casa teria sido a primeira residência de Nassau no Recife, antes da construção do Palácio Friburgo. Na sua comitiva, Nassau trouxe o astrônomo alemão George Makgraf para estudar o céu e as estrelas no hemisfério sul, inaugurando ali o primeiro obs ervatório astronômico das Américas e do hemisfério sul. Era um prédio de dois andares com torre piramidal para observação dos astros e no andar inferior tinha sala escura para experimentos de óptica e visualização das manchas solares. Como outras edificações do período flamengo, foi destruído ou descaracterizado em sua forma e função, pela euforia da Restauração, ou pela força do tempo.

Gabinete Português de Leitura do Recife

Gabinete português de leitura do Recife. Fundado em 1850 para atender a comunidade portuguesa local. Instalou-se na antiga rua da Cadeia Velha e depois para a rua da Cadeia Nova, atual rua do Imperador. O edifício eclético é de 1921. Possui mais de 80.000 volumes em seu acervo, que está todo disponível para consultas públicas. Mantém obras raras dos séculos XIX, XVIII e XVII, inclusive um manuscrito de Eça de Queiroz. Abre para pesquisa e visitações de segunda a sexta.
Centro Cultural Correios do Recife. Localizado na Avenida Marquês de Olinda, esquina com rua da Madre de Deus, no Bairro do Recife. O prédio foi erguido no início do século XX com a reforma do bairro e adquirido em 1921 pelos Correios para fazer dele sua agência central no Recife. Ficou ali até a década de 40, quando foi transferido para a atual sede na Avenida Guararapes. Neste belo prédio eclético que se utiliza de características do classicismo francês, permaneceu uma agência da empresa nacional de correios e telégrafos. Atualmente, tem ali além da agência, o centro cultural, que é um dos mais movimentados da cidade. Destaque para a caixa de correio instalada na frente do edifício.

Recife Antigo, Porto do Recife.

Em 1919, a empresa francesa Societé de Construction du Port, ergueu este belo edifício para sediar a fiscalização do porto do Recife. Depois abrigou o Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis, que ali ficou até a década de 1980. Possui riquíssimos detalhes em estucaria, adornos, sacadas em concreto armado e portas e janelas em amarelo vinhático. Com o crescimento do Porto Digital, virou sede da Secretaria de Ciência e Tecnologia, marcando a presença do governo no parque tenológico. O órgão mudou de endereço e hoje o prédio está sem uso. É um dos mais bonitos do Bairro do Recife.

Quartel do Derby - Recife

Quartel do Derby. O bairro do Derby era conhecido como Estância ( de Henrique Dias) até que em 1888 a Sociedade Hípica Derby Club construiu no local uma pista de corridas de cavalos, ficando o Recife com três prados: O do Hipódromo, no bairro que tem esse nome até hoje, o da Madalena e o do Derby. Passados alguns anos, a febre por corridas de cavalos também passou e o empreendedor Delmiro Gouveia adquiriu a área e construiu ali um enorme e belo mercado público denominado Merc ado Modelo Coelho Cintra, com portas e janelas em arcos ogivais. Bem próximo, ergueu um hotel internacional, fazendo com que o bairro fosse ocupado e se tornasse um dos mais aristocráticos da cidade. Em 1900, o mercado foi destruído por um incêndio e depois, reformado, sendo o prédio reinaugurado em 1924 no governo Sérgio Loreto, desa vez para abrigar a polícia, e é sede até hoje da polícia militar de Pernambuco.