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Mostrando postagens de 2011

Igreja de Nossa Senhora do Guadalupe - Olinda

          Aproveitando que agora em dezembro está se comemorando o dia de Nossa senhora do Guadalupe, em Olinda,  resolvi postar um pouco sobre esta igreja pouco conhecida dos que visitam cidade de Olinda. É uma das paróquias mais atuantes da cidade, com missas sempre lotadas, com espaço insuficiente para os fiéis que a frequentam, deixando muita gente em pé nas celebrações semanais realizadas neste templo. É uma das poucas Igrejas da América do Sul sob invocação da padroeira do México. Foi construída pela devoção dos homens pardos libertos ou escravos da Vila de Olinda entre os anos de 1626 e 1629. Na época de sua construção, Portugal fazia parte do governo espanhol e talvez por isso a predileção pela santa da devoção espanhola. A Igreja abriga até os dias de hoje, a Irmandade de Nossa Senhora de Guadalupe, tendo servido também de sede à Irmandade de Nossa Senhora do Bom Parto até 1854, quando foi transferida para a Igreja de São Sebastião. É a mais antiga Igreja dedicada a Nossa S

Palácio da Justiça - Recife

O Palácio da Justiça, no Recife, e´daqueles edifícios que fazem jus ao nome de palácio. Grande, enorme, lindo, com detalhes fantásticos e esculturas enormes na fachada e que fazem a gente sonhar, mesmo sabendo que é da justiça, em ser príncipes e princesas e morar ali, tê-lo em meio a um imenso gramado com plantações de trigo, lavanda e por que não, cana-de-açúcar. Sonhos à parte, serve para a brigar a sede do Tribunal de Justiça de Pernambuco, o TJPE, que já funcionou nas dependências da igreja do Divino Espírito Santo, na Cadeia Velha (atual arquivo público, na rua do Imperador), na Faculdade de Direito e no Liceu, até finalmente ganhar o seu belo prédio atual. Este prédio teve a pedra fundamental lançada solenemente no dia 02 de julho de 1924, pelo governador do Estado e juiz federal, Sérgio Loreto, dentro das comemorações do primeiro centenário da Confederação do Equador, ressaltando ele na ocasião a importância do momento por estar "poupando a Pernambuco a vergonha de ter ins

Basílica e Convento de N. Srª do Carmo - Recife

Altar lateral da Basílica  Altar-Mor  Santo Elias, no Altar-Mor  Altar de Santa Tereza, um dos laterais. O culto a Nossa Senhora do Carmo, no Brasil, começou com a chegada dos carmelitas a Olinda, no Convento construído na cidade por volta de 1584. Em 1663, os carmelitas se estabeleceram no Recife, na área do antigo Palácio da Boa Vista, que pertencera a Maurício de Nassau e ali começaram a erguer a igreja e o convento. Em 1767, a igreja ficou pronta. Possui 12 altares secundários, em talhas magníficas, com predominância do rococó, mais a capela-mor, onde está a imagem da padroeira em tamanha natural, doada por D. Maria I, a Louca. A torre, que está classificada entre os mais belos campanários do barroco brasileiro, tem 50 metros de altura. Na fachada, ricas volutas no frontão, com um nicho abrigando a imagem da senhora do Carmo. No frontispício, mais dois nichos abrigam as imagens dos profetas Elias e Eliseu, patronos da ordem. Em 1909, foi elevada à padroeira do Recife, sobrepon

Igreja de N. Srª da Conceição de Caruaru

foto do altar: Cristina Menezes/Flickr          Enquanto estou em Caruaru, vou aproveitando para mostrar alguns atrativos da cidade e locais visitados por mim. Da fazenda instalada no fim do século XVII, a Caruru, foi erguida uma capela, já no século XVIII (1781), dedicada à Nossa Senhora da Conceição, e uma pequena povoação começou a se formar dentro do terreno pertencente à fazenda, sendo administrada por José Rodrigues de Jesus até sua morte, em 1820, aos 64 anos de idade, sendo considerado o fundador de Caruaru pois foi de sua fazenda que nasceu a cidade. No adro dessa igreja surgiu a feira, onde funcionou até 1992. A Praça da Conceição é hoje conhecida como Praça do Marco Zero, por ser o local de nascimento de Caruaru. O interior do templo é recoberto por mármore, com influências neoclássicas e alguns elementos barrocos, inseridos principalmente no altar-mor e altares co-laterais, podendo ser uma alteração em algum momento da história, ou junção de elementos artísti

A Feira de Caruaru

Feira na praça com a igreja da Conceção com apenas uma torre. A igreja, já com seu aspecto atual,e a feira tomando conta da cidade. A feira atual, no parque 18 de maio.           Caruaru nasceu com a feira e da feira, que se concentrava onde hoje fica a Praça do Marco Zero local, desde o final do século XVIII, sendo fundada a cidade em meados do Séc. XIX. Com vocação comercial, logo tornou-se um pólo regional de comércio, indústria e serviços, agregando pessoas oriundas de várias regiões do Agreste e Sertão. Hoje, destaca-se como a maior cidade do interior de Pernambuco, com mais de 300.000 habitantes, grande centro comercial e impressionantes níveis de crescimento, ganhando o apelido de "Suape seco", além dos já conhecidos, Princesa do Agreste e Capital do Agreste. Possui diversos atrativos e bens patrimoniais, mas o mais impressionante (mesmo tendo o Alto do Moura), é a Feira, que funcionou em seu local de origem, a Praça da igreja da Conceição, até o ano de 1992, quando

Caruaru - Catedral de N. Srª das Dores

Imagens de baixo pra cima: Catedral e palácio episcopal anterior à construção atual. Igreja e Paço municipal primitivos. Atual configuração da Catedral caruaruense.           Em 1840, aproximadamente, foi organizada, em Caruaru, a Irmandade de Nossa Senhora das Dores,  conseguindo, em 1846, a doação de um terreno localizado no Cedro, para servir de patrimônio à Capela de Nossa Senhora das Dores, aqui então já existente. Conforme consta em um documento que se conserva no arquivo da Diocese de Caruaru, o Frei Euzébio de Sales presidiu, em 1 de novembro de 1846, a Bênção da pedra fundamental da referida Capela. A Capela passou por várias reformas, transformou-se em Igreja Matriz e é, hoje, Catedral Diocesana.  E aos 16 de agosto de 1848, foi criada a primeira Paróquia de Caruaru, tendo como titular Nossa Senhora das Dores, e, como matriz, a mencionada Capela.Na década de 60, seguindo o caminho de muitas cidades brasileiras, que destruiam o patrimônio em nome do progresso, ou para ab

Na rua do Hospício

Reencontros centrais. Relembranças do eu. Passados lembrados. Conversas não esquecidas. Rever os olhos e as bocas, Já vistas um dia Para não falar o mesmo, Contar o não contado, Dizer o não dito. Alegrar-se ao sorriso, Ao toque, ao olhar, Que novamente se esquecerá, Para se ver não sei quando. Bráulio Moura.

PASSEIO EM OLINDA

Passeio em Olinda   Linguisticamente não há palavras. Gramaticalmente não há regras. Festivamente sentimental. Sonhos e contatos Delírios e carnalidades. Valores e histórias. Amores e conseqüências. Discussões ao alto volume, Para reflexão crítica das piadas Sobre as mesas filosóficas. Bráulio Moura  

AO CFCH

AO CFCH Quem encontrar o sentido dos sentidos, Em meio a corredores ventilados CFCHIANOS, Poderá perder-se em labirintos do lado oposto. As cátedras, apêndices e apóstolos, Encontram-se no olhar de Gibson Monteiro, Nas barbas de Michel Zaidan Ou nas doses de Carol Parente. Doses científicas, adocicadas e sem gelo, Sobre mesas abstratas sem forma e sem cor, De vultos olhares e concretos desejos, Daquelas escadas tão vazias e empoeiradas, Que levam à lama exterior. Aí sim, pode-se achar o sentido. Não mais dos sentidos, agora das direções. Para Parnamirim, Camaragibe ou o 14º andar? Para a livraria ou para o próximo bar? Mais vale Michel Foucault, ou uma vodka? Todos acham, nem sempre encontram. Teorias da História, atentados poéticos de Jomard, Ou o rock do bar do bigode. -         Gibson, Carolzinha, cadê a saída? Acho que cansei de procurar, O que não consegui encontrar. Bráulio moura

Igreja de N. Srª do Desterro e convento de Santa Teresa - Olinda

Fotos: flickr/ prefeitura de Olinda Construída no século XVII, a Igreja de Nossa Senhora do Desterro é votiva, tendo sido erguida a mando do mestre-de-campo General João Fernandes Vieira, depois da vitória alcançada na Batalha dos Montes das Tabocas, em Vitória de Santo Antão, (1645) contra os holandeses.   Com a vinda das Carmelitas Descalças para Pernambuco foi iniciada a construção do Convento de Santa Tereza cujo nome se estende, posteriormente, à Igreja. É um belo conjunto arquitetônico com estilo barroco. Possui, na sua fachada, singular nicho em pedra com a imagem de Santa Tereza de Jesus e um frontispício colonial com uma torre simples. Os altares ostentam requintadas talhas douradas, com preciosas imagens dos séculos XVII e XVIII, de santeiros pernambucanos,com destaque as imagens da sagrada família.

Rua Nova

Se você anda hoje pela rua Nova e se incomoda com a muvuca, o ruge-ruge, a agonia saltitante da multidão,  do barulho dos vendedores e pensa que bom devia ser antigamente, está muito enganado(a). Veja a imagem de 1950 acima e perceba que o negócio era bem pior do que se imagina.

Igreja da Jaqueira

Também chamada de Capelinha da Jaqueira, a capela de Nossa Senhora da Conceição fica situada próximo à  Ponte D'Uchôa , no atual  Parque da Jaqueira . Ela era a capela do solar de Bento José da Costa. E, como naquele terreno existiam muitas jaqueiras, o local ficou sendo chamado de Sítio das Jaqueiras. A capelinha, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, remonta ao início do século XVIII, época em que o proprietário daquelas terras era o capitão Henrique Martins. Antes dele, o terreno pertencera ao antigo senhor do engenho da  Torre , Antônio Borges Uchôa, o mesmo que construiu uma ponte sobre o  rio Capibaribe ,   a chamada  Ponte D'Uchôa , ligando o seu engenho àquelas terras.  Com o passar dos tempos, ficou abandonada em meio a um matagal e  só não foi totalmente destruída, devido à intervenção, em 1944, do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Na ocasião, o templo foi restaurado e construíram, em sua volta, um belo parque: o da Jaqueira.