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Basílica e Convento de N. Srª do Carmo - Recife



Altar lateral da Basílica

 Altar-Mor
 Santo Elias, no Altar-Mor
 Altar de Santa Tereza, um dos laterais.


O culto a Nossa Senhora do Carmo, no Brasil, começou com a chegada dos carmelitas a Olinda, no Convento construído na cidade por volta de 1584. Em 1663, os carmelitas se estabeleceram no Recife, na área do antigo Palácio da Boa Vista, que pertencera a Maurício de Nassau e ali começaram a erguer a igreja e o convento. Em 1767, a igreja ficou pronta. Possui 12 altares secundários, em talhas magníficas, com predominância do rococó, mais a capela-mor, onde está a imagem da padroeira em tamanha natural, doada por D. Maria I, a Louca. A torre, que está classificada entre os mais belos campanários do barroco brasileiro, tem 50 metros de altura. Na fachada, ricas volutas no frontão, com um nicho abrigando a imagem da senhora do Carmo. No frontispício, mais dois nichos abrigam as imagens dos profetas Elias e Eliseu, patronos da ordem. Em 1909, foi elevada à padroeira do Recife, sobrepondo-se a Santo Antônio, primeiro padroeiro da cidade. Em 1922, a igreja foi elevada à categoria de basílica pelo Vaticano, através do papa Bento XV. O feriado municipal foi instituído pela lei 9.777/67, marcando festa de grande devoção pelo centro da cidade. O conjunto da basílica, convento e ordem terceira é dos mais importantes no patrimônio histórico de Pernambuco e do Brasil, sendo verdadeiras jóias do Barroco.

Comentários

  1. Bom dia, gostaria de saber os nomes desses três santos da segunda imagem.

    Atenciosamente

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