Viva o Recife! E eu te digo como. Na esquina do Pátio de São Pedro com o Beco do Veado Branco, uma das mais emblemáticas esculturas do Circuito da Poesia chama atenção.
Ali, num dos mais importantes locais da memória afro pernambucana, a estátua de Solano Trindade se destaca no vai e vem apressado.
Poeta, pintor e folclorista. De acordo com Carlos Drumond de Andrade, o maior poeta Negro do país. Também cineasta e teatrólogo, fundou o Teatro Experimental do Negro e o Teatro Popular do Brasil.
Idealizou no Recife o 1º Congresso Afro-Brasileiro, fundou a Frente Negra Pernambucana e também o Centro de Cultura Afro-Brasileira. Com sua arte, literatura e causas sociais, se tornou num dos maiores símbolos de resistência ao racismo e à opressão, se transformando num ícone da cultura nacional.
Sua escultura parece chamar para o próximo espetáculo e denunciar as dores e injustiças sociais. Quem passa por lá, tem a sensação de ouvir a voz do poeta ecoando “Eita negro! Quem foi que disse que a gente não é gente? Quem foi esse demente...se tem olhos não vê...”
O monumento foi inaugurado em 2007, feito pelo artista plástico Demétrio Albuquerque. Sabia disso? Eu sou Bráulio Moura e a gente se vê por aí...
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