O Palácio da Justiça, no Recife, e´daqueles edifícios que fazem jus ao nome de palácio. Grande, enorme, lindo, com detalhes fantásticos e esculturas enormes na fachada e que fazem a gente sonhar, mesmo sabendo que é da justiça, em ser príncipes e princesas e morar ali, tê-lo em meio a um imenso gramado com plantações de trigo, lavanda e por que não, cana-de-açúcar. Sonhos à parte, serve para a brigar a sede do Tribunal de Justiça de Pernambuco, o TJPE, que já funcionou nas dependências da igreja do Divino Espírito Santo, na Cadeia Velha (atual arquivo público, na rua do Imperador), na Faculdade de Direito e no Liceu, até finalmente ganhar o seu belo prédio atual. Este prédio teve a pedra fundamental lançada solenemente no dia 02 de julho de 1924, pelo governador do Estado e juiz federal, Sérgio Loreto, dentro das comemorações do primeiro centenário da Confederação do Equador, ressaltando ele na ocasião a importância do momento por estar "poupando a Pernambuco a vergonha de ter instalado os serviços de seu Fórum num pardieiro indescritível". Para a obra do novo prédio foi escolhido o projeto de autoria do arquiteto italiano Giacomo Palumbo, formado pela Escola de Belas Artes de Paris, em colaboração com Evaristo de Sá. A construção foi iniciada, mas o governador Sérgio Loreto, ao terminar o seu governo deixou a obra ainda no pavimento térreo, área denominada de Porão. Em 1926, o trabalho foi paralisado, somente sendo retomado dois anos depois no governo de Estácio Coimbra, com conclusão em 07 de setembro de 1930, quando estava à frente do Tribunal o desembargador Belarmino César Gondim. Os vitrais situados na entrada principal do TJ representam a primeira Assembléia Legislativa em terras americanas convocada pelo Príncipe Maurício de Nassau. O quadro de Moser pode ser visto no salão onde funcionou por muito anos o Tribunal do Júri do Recife e que atualmente abriga a sala da sessões do Tribunal Pleno O majestoso edifício do Palácio da Justiça, em estilo neoclássico, marca a paisagem do Recife por sua importância arquitetônica. Em seus cinco pavimentos, é possível constatar a imponência e o extremo bom gosto da obra. Destacamos o Salão Nobre, no segundo pavimento do prédio, de rico acabamento, e precedido de vestíbulo pavimentado de mármore, enriquecido por forro decorado, tocheiros, arandelas e lustres do mais fino baccarat. O luxuoso mobiliário foi projetado pelo arquiteto M. Noziéres. O escultor pernambucano Bibiano, sob a supervisão de Freyhoffer, executou na fachada, em frente à cúpula, dois grupos monumentais de esculturas alegóricas à Justiça e à Lei e, na chamada Sala dos Passos Perdidos, esculpiu os bustos de Paula Batista e de Gervásio Pires, dois grandes nomes da história jurídica pernambucana. Temos, ainda, a sala privativa de reunião dos desembargadores, onde fica a galeria dos retratos dos ex-desembargadores. Os móveis, com destaque para as cadeiras, são artisticamente entalhados e rememoram o antigo Tribunal da Relação.
Por tudo isto, temos um verdadeiro acervo de arte, que torna obrigatória a visita ao Palácio da Justiça, como um dos pontos importantes do guia turístico de Pernambuco.
Fonte: Poder Judiciário de Pernambuco
Fundação Joaquim Nabuco
www.fundaj.gov.br
Fundação Joaquim Nabuco
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Salão Nobre do Palácio.
Sala dos desembargadores. Fotos: Da 3ª à última - Pernambuco é aqui.
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